05 março 2009

No campo de tiro de Alcochete

O cenário é o seguinte: sendo biólogo e tendo sido contratado para inventariar os mamíferos numa área que inclui o campo de tiro de Alcochete (área proposta para o novo aeroporto de Lisboa), eis que chego à porta de armas do referido "recreio da força aérea" e me preparo para receber uma série de ordens sobre o que posso ou não fazer.
Na realidade, as coisas passaram-se de modo bastante diverso das minhas expectativas: os dois militares que me indicaram as áreas de risco a evitar naquele dia apenas me pediram para assinar um termo de responsabilidade em como eu tinha recebido aquela informação. "Então e o que é que acontece se eu for acidentalmente para essas áreas de risco?", perguntei antes de sair. A resposta foi que poderia transformar-me num alvo móvel dos pilotos que faziam tiro ao alvo nesse dia. Mas essa decisão de participar activamente nos treinos dos F16, de averiguar sobre o seu poder de fogo e precisão, competia-me apenas a mim: tinha a liberdade de escolher o que me apetecia fazer. E eu a pensar que os militares só sabiam dar ordens...

1 Comments:

Blogger Vanessa said...

Como diria o saudoso Pessa..." e esta hein?".
:)

12:53 da tarde  

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