29 julho 2009

Visitas a bebés

Ultimamente, tenho passado algum do meu escasso tempo livre a ir ver os bebés dos amigos. Eu pensei que se via os pais e o bebé, falava-se um bocado sobre o parto, dizia-se qualquer coisa como "os olhos dele são parecidos com os teus" e pronto. Meia hora e estava visto. Mas não. Para os pais, existe qualquer coisa de extraordinário em ficar olhar para um recém-nascido a dormir durante dez ou quinze minutos. Não consegui perceber bem o que era, mas aproveitei esse tempo para planear mentalmente o que vou fazer nas próximas férias.
As necessidades fisiológicas de um bebé também são motivo de orgulho dos pais. Fiquei muito contente por saber que esses bebés têm "feito bastante chichi", mas achei injusto ninguém ligar nenhuma ao facto de eu próprio fazer um ou dois litros de chichi quase todos os dias. Um desses amigos insistiu mesmo para que eu mudasse uma fralda, fazendo comentários como "já viste o cocó dele?". E é realmente incrível, como o cocó dos recém-nascidos é castanho e cheira mal. Completamente diferente do cocó de um adulto! E a ciência que está por detrás do simples acto de mudar uma fralda? E a técnica de dar pancadinhas nas costas do bebé para o fazer arrotar? Potenciais filmes de sucesso em Hollywood!

Talvez esteja a ser demasiado duro com esses pais babados e a experiência de ser pai me torne, também, um especialista em bebés. Só espero que, se e quando isso acontecer, estes meus amigos que foram pais recentemente me possam dar a sua opinião sobre o cocó dos meus filhos...

ps. Se os bebés conseguem nadar quando nascem, porque é que nunca ninguém se lembrou de os pôr a fazer pesca submarina? E mesmo que não seja para apanharem peixe, talvez pudessemos fazer competições de natação de bebés. Seria, provavelmente, mais interessante do que vê-los a dormir...

23 julho 2009

Uma curiosidade astronómica

Como a luz leva 8 minutos a percorrer a distância entre o Sol e a Terra, se o sol desaparecesse, só nos aperceberíamos 8 minutos depois. Passa-se o mesmo com o cérebro do Paulo Portas: se desaparecesse, íamos levar algum tempo a percebermos.

18 julho 2009

Futebol inter-galáctico

Como seria um jogo de futebol entre humanos e seres extraterrestres? Partindo do princípio que são duas espécies terrestres de tamanho aproximado e com metabolismos semelhantes, que tipo de cuidados deveríamos ter para realizar uma partida que fosse justa? É com este tipo de assuntos que me entretenho enquanto os meus amigos desabafam sobre os seus problemas. Aqui estão algumas das conclusões a que cheguei:
1. O jogo teria de ser feito num planeta cuja força gravítica, nível de luminusidade e clima não prejudicassem nenhuma das espécies;
2. A espécie extraterrestre deveria locomover-se em campo de forma semelhante à nossa. Ou seja, não poderia locomover-se debaixo da terra ou voar pelo campo, nem usar mais do que dois membros locomotores, que manteriam obrigatoriamente o mesmo tamanho e forma durante o jogo. Do mesmo modo, se essa espécie extraterrestre apenas de locomovesse por saltos com apenas um membro, os jogadores humanos teriam de jogar ao pé coxinho;

3. O recurso a poderes mentais para levitar objectos ou deformar as traves das balizas estariam obrigatoriamente excluídos do jogo, bem como o uso de orgãos sensoriais com capacidade muito superior à humana;

4. Também teriam de ser proibidas viagens no tempo para modificar acontecimentos durante o jogo. Ou seja, o jogo seria jogado apenas uma vez e sem interferências por viajantes do tempo.

Enfim, as condições para a realização deste jogo de futebol justo é bastante mais difícil do que parece, mas parece-me um desafio à altura da FIFA...

04 julho 2009

A formação do nosso Universo

(Na loja onde se vendem Universos, Deus entrega a sua senha ao empregado)
Empregado: Bom dia. Então, como é que vai querer o seu Universo?
Deus: Olhe, eu queria começar com um grande fogo-de-artifício, assim uma coisa bonita.
Empregado: Está bem... E quer um Universo a expandir-se, estável ou a encolher-se?
Deus: A expandir-se é mais caro, não é?
Empregado: Sim, mas tem de pensar nisso como um investimento a longo prazo. Paga mais de início, mas depois não precisa de acrescentar ou substituir estrelas, planetas, buracos negros, etc.
Deus: Então dê-me um desses a expandir.
Empregado: E quer vida inteligente em alguns planetas?
Deus: Isso também é caro?
Empregado: Depende. Esta semana, estamos com uma promoção: se comprar duas espécies pouco inteligentes, oferecemos outras duas.
Deus: O.K., vou aproveitar essa promoção.
Empregado: Mais alguma coisa?
Deus: Não, é tudo. Olhe, mas essas espécies pouco inteligentes têm hipótese de vir a descobrir o que é o Universo e de sair de lá?
Empregado: Não, nem pensar. Sabe o que é um macaco?
Deus: Mais ou menos...
Empregado: São formas de vida desse estilo... No máximo, vão mandar umas sondazitas e visitar os planetas do Sistema Solar onde vivem e pronto...
Deus: Óptimo. Não quero ter muito trabalho com isso, que ocupado já eu ando... Obrigado, bom dia.
Empregado: Adeus, amigo...