25 agosto 2008

Extreme ironing

Segundo a última edição da revista “Sábado”, o extreme ironing é uma modalidade inventada há mais de 10 anos na Inglaterra, em que os praticantes engomam a roupa em locais insólitos. Por exemplo, “na costa da Austrália, 75 pessoas equipadas com as suas garrafas de oxigénio, tábuas e ferros de engomar, entraram para o Guinness como o maior grupo a passar roupa debaixo de água.”

Poderei sugerir a alguns dos mais de 2500 participantes desta modalidade que a pratiquem em minha casa e com a minha roupa? É que, para além de mortíferas pilhas de roupa por passar, teriam ainda de evitar atropelamentos por gigantescas bolas de cotão, de sobreviver ao cheiro pestilento de meias sujas, de se desviar das avalanches de loiça por lavar e de resistir aos ataques de uma gata perigosíssima que ocasionalmente vagueia por lá. E se isto não for suficiente, posso deixar o aquecimento ligado até a casa atingir os 50ºC. Pensem nisso! A mim, dava-me um jeitão...

23 agosto 2008

Nova contratação para o circo

(Dono de circo e Agente encontram-se num café)

Dono de circo: Luís, tudo bem?

Agente: Tudo. Então, qual é a urgência?

Dono do circo: A urgência é que o Fernando disse-me ontem que foi contratado pelo Cirque du Soleil e eu preciso de o substituir rapidamente antes de voltarmos à estrada. Tens algum palhaço que sirva?

Agente: Talvez... Olha, tenho aí um miúdo novo que é uma das grandes promessas da Palhaçada. Tem o nome artístico de “Palhaço Croquete”, já ouviste falar?

Dono do circo: É um gajo que faz um papagaio a ter um ataque epiléptico?

Agente: Exacto, esse mesmo! Ele ainda não tem grande experiência, mas é um pateta nato! Então em palhaçadas improvisadas, é do melhor que eu já vi!

Dono do circo: Pois, eu ouvi dizer que ele se estreou muito bem o ano passado, mas que este ano está a palhaçar pior...

Agente: Ele tem tido uns problemas pessoais, separou-se da namorada e assim... mas olha que continua a palhaçar bem...

Dono do circo: E também faz parvoíces com o público?

Agente: Sim, sim. Há uma parvoíce em que ele põe o pessoal todo a cantar ópera, só queria que visses! Normalmente, tem de parar um bocadinho depois desse número, para o público acalmar e recuperar o fôlego...

Dono do circo: OK, então vamos pô-lo à experiência, a ver se ele dá conta do recado. Tu achas que ele se vai safar bem, certo?

Agente: Claro! Se esse miúdo continuar pelo caminho que tem seguido, ainda vai ser um dos maiores palhaços do país!

17 agosto 2008

Arqueologia em Lisboa

Este fim-de-semana, fui com o meu irmão ao Núcleo Arqueológico da Rua dos Correeiros. Tal como a nossa história pessoal é uma sucessão de acontecimentos sobrepostos, também a baixa Lisboeta revela, em diferentes camadas, a sua longa história: os Fenícios que vinham explorar metais preciosos, os Romanos que tinham uma próspera indústra de peixe salgado, os Árabes que a utilizaram como centro nevrálgico de vias de comunicação. Neste Núcleo, também se podem ver poços e esgotos da Época Pombalina, bem como os pilares de pinho que ainda hoje sustentam esta parte da cidade. E tudo isto se encontra debaixo dos nossos pés enquanto passeamos pela Rua Augusta, resquícios de um tempo em que haviam praias fluviais, braços de rio no que é actualmente a Avenida da Liberdade e a Almirante Reis e em que o povo acossado por invasores corria para dentro do castelo de S. Jorge em busca de abrigo...
ps. E que vestígios deixaremos nós para os arqueólogos dos séculos vindouros que estudarem a história de Lisboa? Embalagens de Big Macs? Azulejos? Algumas pontes sobre o Tejo?

11 agosto 2008

Início de concerto para alarme de despertador e guitarra

09 agosto 2008

Numa esplanada perto da praia

(Rui, a sua irmã Joana e o seu amigo Paulo bebem uma cerveja)

Rui: Ena pá, isto é só gajas boas. Olhem-me aquela ali, ao pé das rochas… Que ancas do caraças!

Joana: Rui, não vais começar com esses comentários novamente, pois não?

Rui: O que é que foi? O que é bom, é para se ver e ser comentado. Paulo, olha ali...

Paulo: (olhando para Joana, sedutor) Sabem, é curioso como o ideal de beleza na mulher tem mudado ao longo do tempo. Por exemplo, na Idade Média, o ideal de beleza eram os corpos volumosos, em vez dos corpos esbeltos que vemos hoje nas passagens de modelos.

Joana: Pois olha que o meu irmão é um autêntico homem medieval e aprecia tudo o que mexa!

Rui: Eh, que grande prateleira! Olha ali, Paulo. Lá ao fundo, a de fato-de-banho amarelo!

Paulo: (para Joana) E a questão é que, a magreza actualmente ambicionada por muitas mulheres, é fruto de um machismo que subordina as mulheres à visão do homem.

Rui: Olha-me aquelas duas, a entrarem para a água. Meu Deus!

Joana: (para Rui, chateada) Bem, eu vou dar uma volta, a ver se te acalmas, e já volto!

(Joana sai; Rui continua a olhar para as mulheres na praia e Paulo junta-se finalmente a ele)

Rui: Paulo, já viste aquela de cor-de-rosa? É assim mais pequenina…

Paulo: É pequenina, mas é toda jeitosa! Onde é que está aquela que tinha uma grande prateleira?

Rui: Ali ao fundo, de amarelo…

Paulo: Já a vi. Realmente, esta praia tem gajas muito boas!

04 agosto 2008

Pequena reflexão sobre a expressão "Viva"

Demasiado preguiçoso para ir à internet ver se descubro a origem da expressão "Viva" quando aplicada a determinada pessoa, adivinho que deve remontar a um tempo em que o povo reivindicava a vida ou morte de monarcas ou chefes da República, consoante a sua maior ou menor competência para governar. "Viva o Monarca X", que é como quem diz, que viva muitos anos e que ninguém o mate, que até nem é mauzinho de todo. Mas será que "Viva" é a expressão mais adequada do nosso apoio incondicional a determinada pessoa na actualidade? Eu diria que não. Pela minha parte, quero que toda a gente viva e até que tenha muita saúde (excepto, talvez, a pessoa que me arrombou o carro e me levou o portátil há uns tempos atrás; essa, bem que podia apanhar uma doença chata ou partir uma perna). Portanto, proponho antes a expressão "Viva, que tenha saúde, que faça um bom trabalho, que consiga atingir muitos dos seus desejos e que seja feliz" quando queremos realmente manifestar o nosso apoio. Pode não ser tão curta, nem dar tanto jeito para gritar alto, mas é muito mais explícita!

03 agosto 2008

Os apanhadores de bivalves

“Ouve, há uma coisa que tens de perceber... Na minha família, somos todos apanhadores de bivalves. Para teres uma ideia, quando eu era miúda, o meu padrinho, que era soldador, arranjou uma espécie de passador gigante em ferro, que se enfiava na areia e apanhava as amêijoas. Ao princípio, ainda as cozinhávamos com arroz, para render, mas depois de apanharmos a prática, eram tantas as amêijoas que as cozinhávamos sozinhas! Quilos e quilos delas... Isto tudo para dizer que, este ano, logo na primeira manhã na praia, já andava a família toda a levantar a areia com os pés enquanto estava no mar, a ver se apareciam amêijoas. E o meu pai e o meu irmão puseram-se logo a fazer expedições, para localizarem as zonas de berbigão. Portanto, passámos dez dias a dar uns mergulhos e a apanhar sol na praia, sim, mas sobretudo a apanhar bivalves e a fazer grandes petiscos com eles..."

01 agosto 2008

Oito factos históricos pouco conhecidos sobre Colombo

1) O nome de solteira da sua mãe era Ikea;

2) As primeiras palavras que os índios americanos lhe dirigiram (e que ele não percebeu) foram “Documentos, por favor” e “Estão cá em negócios ou turismo?”;

3) Uma das primeiras oferendas de Colombo aos índios foram cuecas;
4) Colombo só começou a desconfiar que não tinha chegado à Índia quando o cozinheiro do chefe dos índios lhe disse que não sabia o que era caril;

5) Durante a estadia de Colombo na América, os índios copiaram a sua ideia e enviaram secretamente três grandes caiaques para conquistar a Europa, dos quais nunca mais tiveram notícia;

6) Quando os índios lhe deram a provar pipocas pela primeira vez, o visionário Colombo terá dito: “É pena que não as possamos comer enquanto vemos imagens em movimento projectadas numa grande tela”.

7) Quando regressou a Espanha, Colombo descobriu que as suas malas tinham seguido por engano numa caravela para Londres;

8) Quem mais gostou do tabaco que Colombo trouxe da América foi o nobre inglês Sir Marlboro, que estaria de visita à corte espanhola nessa altura;